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O compacto de Everybody não trazia
imagem da cantora na capa |
Em 6 de outubro de 1982, rádios e lojas de discos dos Estados Unidos receberam um compacto simples, dentre tantos outros. A capa extremamente colorida do pequeno vinil não era suficiente para chamar atenção de DJs e compradores em meio à profusão de fotos saturadas e tons berrantes que predominavam nas artes dos álbuns daquela década. Dentro da embalagem, a canção gravada no disco tinha instrumentação funky, batidas próximas dos ritmos urbanos que mais tarde dariam origem ao techno e um vocal agudo, quase infantilizado, que chegava a lembrar os tons extremos de Pat Benatar, dona de alguns dos sucessos daquele momento. Para os profissionais das rádios e amantes da música, não havia como prever que a singela Everybody seria o ponto de partida da longínqua carreira de Madonna.
Por algum tempo, graças ao tom da voz, os ouvintes norte-americanos associavam Everybody a alguma das jovens cantoras negras que despontavam ao sucesso efêmero na decadência das discotecas. Madonna ainda não tinha contatos bons o bastante para aparecer na TV e a capa do single, sem sua foto, ajudavam o engano a se espalhar.
Poucas semanas depois de ir ao ar pela primeira vez, a faixa alcançou repercussão mediana no mercado dance, ainda longe do impacto pop gerado pelos singles seguintes da cantora, que fariam de seu álbum de estreia, homônimo, o início de uma discografia bem sucedida — e mostrariam seu rosto e cabelos descoloridos aos ouvintes equivocados.
Assista ao vídeo de Everybody:
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